terça-feira, maio 23, 2006

Utopia do voto nulo

Já pensou em ser querido por todos? Já pensou ter a idéia mais genial do mundo? Já pensou tirar a foto mais bela do mundo? Ou então, já pensou ser unânime? Vamos a famosa frase, "nem jesus agradou a todos...". Somos assolados todos os dias com notícias sobre corrupção políticas e outras mazelas causadas por OPÇÃO de quem manda em nós. E qual a solução? O que fazer se todos candidatos que nos aparecem transformam nossa em esperança em medo? Contrário ao que imaginava-se, surgiram idéias interessantes.

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações.

Não precisa ser ativista político para ter conhecimento da intenção de uma grande parcela dos jovens de votar nulo no preito eleitoral deste ano. As dircurssões são intensas na mídia mais democrática, a internet. São idéias sadias e bem defendidas. Muitos contra e bem outros muitos a favor. Vamos à questão.
A nulidade em questão segue a seguinte premissa: a eleição com mais de 50% dos votos nulos, teria resultado sem efeito e obrigaria a realização de nova eleição com candidatos diferentes. Os argumentos plausíveis se somam à insatisfação antiga, ao crescente do interesse pelo rumo do país e por suas explicações.
Os argumentos da turma que é contra a nulidade do voto pesam ao defender o desconhecimento dos perfis dos candidados pela parte dos que votam nulo e ao atribuir a tal situação a idéia de que é radicalismo.
Um importante dado é o da má leitura da legislação eleitoral brasileira. O artigo descrito acima diz respeito a tal NULIDADE que consta detalhada na legislação. Os detalhes derrubam todos os argumentos já que a nulidade se deve a pequenos erros como os já conhecidos nas eleições (autenticação, ofensas contra a lei, realização em dia, hora e local diferentes do geral, tentativa de votação fraudulenta e etc).
Deixando todos os argumentos de lado juntamente dos sonhos e revoltas com a regência do Brasil, a razão nos leva a crer facilmente que votar nulo com a tentativa de mudar os candidados ou mudar algo é utópica.
Nem sempre pode-se viver de sonhos. Nunca conquistarão a obtenção da maioria dos votos para o lado do nulo porque somos analfabetos em quase todos os sentidos. Nunca mudaremos o país lendo trechos de legislação. Nunca seremos um país se pensarmos individualmente.
Talvez nem tão cedo sejamos até mesmo civilizados.
No estado pré-civilizatório em que vivemos, votar continua sendo nada.

sábado, maio 13, 2006

Copa do Mundo soluciona problemas


Chega a ser ridículo mas é fato. Nas entrelinhas de declarações políticas, no tom de mobilização nacional e na celebrização de jogadores de futebol da seleção brasileira o discursso é de que a Copa do Mundo muda o Brasil. E pior ainda, nesse ano de 2006 se o Brasil for hexacampeão o Lula certamente será reeleito. Nao riem. A conclusão é simples. Somos 160 milhões de brasileiros, praticamente 75% eleitores potenciais. Desses, 45% analfabetos ou semi-analfabetos apaixonados pela seleção canarinho e que confundiriam a felicidade do título com patriotismo, e sendo assim, com o governo Lulinha de ser.
Não digo que é errado esse movimento que pára até repartições públicas durantes os jogos do selecionado local no mundial. E nem que ser campeão é errado. Admito até que sou um fanático torcedor. Admito que é lindo o efeito Copa no comércio, no sentimento patriota e na representação da cultura brasileira mundo a fora.
Mas, espera aí. A troco de que o presidente recebe times de futebol em Brasília? A troco de que a seleção de 94 foi a Brasilia? A troco de que o atual presidente sempre oferece aos amigos de outros países as camisas da seleção e do Corinthians? Simples. Em 94 o presidente governista se elegeu. Com Juscelino foi a mesma coisa.
Tudo é tão absurdo que a ironia bate à nossa cara como uma mão cortante. Justamente quando formos virtualmente campeões mundiais, quando seremos os melhores do mundo em alguma coisa, seremos os piores em outra. Ganhando uma Copa estaremos perdendo quatro anos. Fatalmente a festa do hexa vai se espalhar com a festa da pizza.
Os coitados ronaldinhos, Kakas, Zé Robertos, Edmilsons e Cicinhos serão meros fantoches.
Como nós!
Que venham piores gols que esse.

Sexo não vem do instinto

"Sexo não vem do instinto. Aprendemos com os animais, livros e filmes."

Porque você sente prazer pelo ser do sexo oposto? Porque deve ser assim? Porque o instinto é masculino, ou feminino, certo? Errado. A coisa é bem menos óbvia do que parece.
Analisando o comportamente de uma criança, nota-se que ela não tem definição sexual. Dizem os mais engraçadinhos que até os 12 anos se "está em cima do muro". Logo essa afirmação contradiz com a tal coisa do instinto.
Aprendemos culturalmente a ser do jeito que "deve" ser. Casarmos, construirmos uma família, termos filhos, que nos esforçamos para que sejam boas pessoas, que sigam o mesmo ciclo. Até aí não discordo, pois meu ideal de vida segue basicamente o mesmo encanto. Só que a definição não pode ser imposta.
Os meninos devem se descobrir sozinho com aquela coisinha que os diferenciam das meninas. Já as meninas devem se descobrir também. A única coisa que desfaz o encanto é o momento. Meninos já chamam uma senhora de "gostosa" e desfolham revistas masculinas com seus longos 6 ou 7 anos. Como o nome diz, masculino é para homens. E crianças, são só crianças. Meninas já se apaixonam pelo ator que aparece desnudo na novela das 8. Meninos e meninas brincam de namoradinhos antes dos dez anos. Oras...
Tenho comigo que crianças são crianças, jovens são meninos ou meninas, e adultos são homens ou mulheres. Não devemos impor a sexualidade com medo de termos filhos aquém das regras culturais. Não devemos impor regras e tal coisa que desemboca para coisas proibidas. Seria mais ou menos como a maconha a uns anos atras. Quando proibida, virou sucesso. Agora perde o a fama para outras, digamos, mais probidas.
O sexo é aprendido com os animais, esses sim instintivos. Aprendido com os livros, revistas "especializadas". E filmes, esses sim, sem palavras. Não digo que devemos defender bandeiras de sexualidade. Digo que devemos defender a bandeira da liberdade vigiada de coisas tão delicadas.
Numa sociedade onde todos os caminhos estão ditados, o prazer de ser único está condenado a uma extinção cada vez mais cruel. Talvez mesmo, nunca conseguiu existir. Talvez mesmo, isso nunca vá existir.
Que venha o próximo gol feio.

sexta-feira, maio 12, 2006

Gol feio também conta.


Gol feio também conta. Gol feio entra no placar. Gol feio pode até ser bizonho, mas pode decidir um jogo. Por isso veio o título estranho do blog.
Acabei de ver no wikipedia a definição de blog.
-> Um weblog ou blog é um página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizado cronologicamente (como um histórico ou diário).
Quase uma ferramenta do mundo moderno que permite a qualquer um ser "jornalista" ou relator de qualquer coisa.
Como ainda sou um pseudo jornalista esportivo vou me meter a escrever por aqui. Escreverei coisas sobre o meu flamengo, a nossa seleção e de vez em quando, assuntos irrelevantes.
Espero ter o reconhecimento de bons e assíduos leitores. Espero ser agradável, ser um bom espaço para se aprender e para ser ensinado.
Acredito que uma das melhores invenções do mundo foi essa mistura de midias, uma mescla de televisão, rádio, diário, jornal e videogame.
Que venham os nossos gols feios e tantos outros golaços.
Conto com a participação de vocês.