Quanto mais perto, pior. Esse é o maior conceito da comunicação moderna se levando em conta que a informação não apenas chega ligeira na sua televisão, no seu jornal, no seu computador e no seu celular. A informação chega rápida e cuspida. E é por isso que reparamos tanto no pior do homem. Não é o apressado que come cru. É que o apressado come mosca, tropeça na moça que é a verdade. O facebook te apresenta isso. O twitter te apresenta isso.
Pego como caso um ator famoso de novelas. Novelas não, filmes. O rapaz resolve almoçar sozinho na feira de São Cristóvão. Num determinado momento é visto conversando com uma vendedora de tapioca. Algum qualquer tira uma foto pela câmera do celular. Não preciso me esticar na suposição para dizer que terminou em divórcio um simples fato cotidiano. E olha que tapioca não é uma coisa boa assim.
Apenas acho que antigamente ao pedir a palavra o texto era melhor produzido, as falas eram mais pontuais, a informação era mais relevante e todos eram, de fato, informados. Nem toda palavra tem que ser dita. Nem toda hora é hora de falar. E nem tudo deve ser espalhado por í. Uma sociedade quase que sem segredos. Por tanta obscuridade sendo posta às claras nunca foi tão noite todos os dias. Por isso, caríssimo e único leitor, um dos males do mundo é a comunicação exarcebada. Afinal, todo mundo quer falar mas nem todo mundo quer ouvir. E acabamos ouvindo.