segunda-feira, agosto 22, 2011

Me chama disso tudo

Ah, sua doida. Me chama de burro, de bobo, de babaca e de babão. Me chama de pentelho, de petisco, de palhaço e de pavão. De chefe, de canalha, de barrigudo e de bundão.
Pode até falar, pode até zuar. E me espichar, tudo sem razão. Pode me chamar de ator, um mal cantor, o bebedor, bem sem graça, sem asa ou aviador. De poeta de bar, carioca sem o esse, pronto pro abate, cara de mamão.
Me chama de samba deprimente, sem um cavaquinho. Chama de piranha, diz que arranha, que eu sou. Chama de papel na mão, nego sem tostão, anjo pervertido com cara de ladrão. Me chama de manhoso, de esnobe, de gostoso, de cheiroso, de branquelo e de pobretão.
Me chama disso tudo e eu...sou. Eu sou, então.

Um comentário:

carolbardi@hotmail.com disse...

Gostoso, o texto. :)
Para mim, você é o poeta mais charmoso do mundo e o melhor irmão que eu poderia ter. Amo vc