quinta-feira, setembro 28, 2006

Um texto intimista

Saudosa Cosmorama

Para matar a saudades
Nada como um caderno velho
Um suco de amizade chiclete
Uma fita azul de amor cego
A que a memórias nos remete.

Uma música do toca fitas, exaustiva
Que eu escutava todo dia
E que calou quando o tempo passou
Fazendo voltar à vida
A vontade de fazer tudo denovo.

Inclua neste saudosismo
Os dias de futebol no campo de chão
Ou até no chão de asfalto
Também a queimada, garrafão
Tempo do melhor caudo.

Da gude que insistia não bater na outra
Do Chaves depois vespertino
Do ônibus escolar, hilárias músicas
Do tempo que só acompanhava
Já que hoje eu é que decido pra onde ir.

Vai ver é isso.
Não deixei as coisas para lá.
Ainda não sei decidir por mim
Para o destino que devo ir.
Só pra matar saudades, Cosmorama.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Os coroas

O negócio é ser coroa.
Keith Richards (sim, aquele mesmo guitarrista dos dedos estranhos dos Rolling Stones) parou de usar drogas. O motivo, segundo ele, é que as drogas de hoje em dia são muito fracas.
Rita Cadilac primeiro, e agora Gretchen. Atrizes de filme adulto (leia-se pornô).
Os coroas são mais liberais que a nova geração. Ser coroa já não parece ser um crime.
Independentemente do que fazem, são corajosos. Keith se rende. As dançarinas só estão fazendo uma espécie de especialização.
Agora aquela coisa de dizer "vai devagar que ele é velho" nao cola mais. Os novos são mais velhos até. Deliciosa ironia.
Enquanto isso remando contra a maré...
Tom Cruise abusa cada vez mais do direito de ser excêntrico. Afinal, comer placenta, proibir toques na filha, fazer propaganda exagerada para sua Cientologia e tentar mudar o nome da mulher não é bem normal.
Thiago Kuerques

segunda-feira, setembro 18, 2006

Todos deveriam quase morrer!

Sei não mas acho que todos deveriam experimentar uma experiência de quase-morte* para maior entendimento do que é viver. O valor dado seria maior. Assim não se perderia sorrisos por distinção de cor de pele, de mágoas, de torcida, de origem, de propriedades e nem de credo.
Quase perdendo a vida daríamos maior valor a ela e não nos perderíamos com banalidades. Porque eu não negaria um copo d'água, nem um abraço e nem impediria felicidades eternas.
Quase morrendo o mundo deixaria de quase viver.
Entretanto, comecei aqui dizendo que não sei. Seja paciente comigo. Leve em conta a minha ignorância, por favor. Me julgue mas não ignore.

* As EQM (experiência de quase-morte) referem-se às sensações causadas quando, na maioria dos casos, a morte clínica do paciente foi atestada pelos médicos, mas em nenhum deles houve a confirmação de morte cerebral. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_quase-morte)

terça-feira, setembro 12, 2006

Entrevista do seu candidato

Entrevista do seu candidato:

- Qual o plano para a SAÚDE?
- Deve-se levar em conta a conjuntura real para diagnosticar e introduzir qualquer emenda.
- E as propostas para a área SOCIAL?
- A irrelevância da ignorância brasileira é tão importante quanto meu café no meu bule: tenho que usufruir dia-a-dia.

Chega a ser engraçado. Se não é trágico, deve ser cômico. E a conjuntura sempre ao relento. Não canse das palavras difíceis e da falta de respostas. Canse as suas bochechas, rindo.
É de um lado os que já estão governando prometendo mais, os que estão querendo entrar distribuindo idéias mirabolantes e nós morrendo, de rir ou de fome.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Independência ou...

Independência ou... ou o quê mesmo?
Ah, me perdoe a ignorância. Eu nao sei história do Brasil porque não consigo estudar.
Ah, me perdoe. Eu nao consigo falar em independência sendo escravo dos interesses, da sorte, da história, da cultura e do sono desse país.
Independência ou o quê mesmo?

Nota: Aqui na minha cidade, Nova Iguaçu, a comemoração de 7 de setembro foi antecipada para o dia 6 de setembro numa solenidade indigna na Vila Olímpica com cinco crianças carregando bandeiras sabe-se lá do quê na frente do prefeito pop-star bonitinho. O ato durou menos de uma hora e passou despercebido diante de tudo.

terça-feira, setembro 05, 2006

Crenças e gnomos

Um bando de meninos voadores vieram me buscar no meio da última noite. Entraram segurando o riso pela janela e eu, apesar de todo o frio, resolvi acompanhá-los mesmo sem saber pra onde. Vi tudo de bem alto. Era tudo resplandescente, fluorescente, até indescente.

- Alto lá!

Eu acordei com algumas lágrimas grossas descompondo meu rosto. Fui beber um bocado só sem nem querer entender o vazio da alma. A sabiência é comparável aos campos agrícolas. Até semana passada, fértil e com boas colheitas. Desde anteontem esse campo não produz. Isso enlouquece. Eu até vejo meninos pequenos, veja só. E, no meu caso, escrever é usar de meu campo fértil um eficiente fertilizante para tantos outras mentes.Eu acredito em gnomos. Ironia eles serem tão menores e feios, e serem tão melhores e mais felizes. Eu acredito em tantas outras coisas que se eu tornasse públicas tais crenças a chacota tomaria conta. Mas, oras. Eu acredito em gnomos e acabei de vos declarar isso. Não se ria de mim.Eu acredito que estive voando por cima das nuvens numa noite dessas. Acredito no outro; na eternidade; no perdão; no Lula não. Acredito que plantas conversam; que flores não gostam de serem flores; e que ninguém sustenta por todo o sempre uma convicção. Acredito num futuro melhor; em político honesto e até em ex-corno, basta provar que não. Acredito até em você. Então porquê não podes acreditar em mim?


Ironia eu ter que apelar pra crenças a fim de explicar que o motor é acreditar em algo, seja qual for. Em Zeus, Alá ou qualquer coisa. Só não me pergunte porque não somos capazes de sermos felizes descrentes. Isso eu não sei.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Joseph Kimbler, não ria dele



Vos escrevo após meia hora de tentativas desesperadas de contenção do riso e da desordem que este recinto se tornou após a exibição da triste história de vida deste homem. a vida é realmente uma caixinha de surpresas.
Acabei de virar fã de Joseph Kimbler.