segunda-feira, outubro 25, 2010

Puxa-me pela gravata

Tenha gravada na memória o dia que fui servo e não tirano. E vai tirando o pudor da sua boca. Desbocada é bem melhor. Mas só entre quatro paredes.
Das coisas que gosto é ter que sair a rua. Eu transpiro feito eles, animais. E, pior ainda, é ter que assim mesmo abraçar outros mais suados que eu. Eu pelo menos transpiro perfumado. Eles transpiram odor de fossa. Os meses de setembro e outubro são torturantes. Pedir voto é assim. E ainda dizem que é fácil. Ter que comer pastel, bolinho de batata, aipim, beber capirinha, cachacinha, isso tudo não é fácil. Não é fácil mentir, prometer, enrolar na resposta sobre promessas não cumpridas e me fazer como se fosse um deles.
Não sou das sacanagens nem das safadezas. Sou de palavra e de família. Uma palavra aqui, outra ali. Uma família aqui, outra ali. E o que que tem um caso aqui e outro ali? Deu no jornal que fiz sexo com a secretária no meu gabinete. Mas eu não tive culpa. Ela que pediu emprego pro namorado. Eu só falei que ofereceria uma oportunidade pro rapaz se ela puxasse a minha gravata. Ao jornal eu neguei. Afinal, foi na sala de reuniões e não no gabinete. Esses jornalistas...

3 comentários:

Ira Buscacio disse...

Thiago,

Bom demais te ler!

Bjssssss

Bia disse...

Claro que não foi no gabinete! rs
Gente doida ne?

Beiijo

Gabrielle disse...

Adorei a critica! Bom texto Thii!

beijos