segunda-feira, dezembro 12, 2011

Pés

Pés descalços, que bom!
Nem dá doença.
Nem pés juntos, nem sentado
Muito menos deitado ou de pé
Num pé de maracujá.
Quem traz doença é pé-de-cana
E se nem você beber e tiver assim mesmo
É má sorte, é pé-frio.
É daqueles que faz chover na planta.
Por isso é bom andar sempre
Com um bom pé-quente,
Com um bom pé de coelho pendurado
Pra que nenhum pé-de-cabra
Arrombe a porta do seu armário.
Seria um chute com pé de anjo?
Anjos nem chutam, eu acho.
Nada seria. Nem que entrasse em campo
Com um belo pé de direito.
É bobeira minha, bobeira sua
Essa coisa meio caduca.
É que me deram um pé na bunda.
Foi ruim, reconheço.
Me deixou sem chão,
Pegou no meu pé de apoio.
Foi tipo banda de anão.
Caiu o pé de moleque da minha mão
Era um pé grande, pesado.
Assim, sem pé de igualdade?
É, amigo, é pé pra lá
Pé pra cá
Em que pé isso vai dar?
Poema rápido feito pé de vento
Acelerado feito pé na tábua
Rodopiante feito pé de bailarina
É sonho, é pé de valsa
O arrasta pé, me ensina?
Se for caro, pego do meu pé de meia
Se for aquático, pé de pato.
Se for baixo, pé de serra.
Se for sapo, pé mal lavado.
Se for cavalo, pé de pano.
Se for João, pé de feijão.
Ê, poeminha do bão.
Ficou cumprido, número 48.
É pé de lancha,
Então deixa eu ir
Porque só falta eu
Pôr o pé na estrada
Fugir feito ladrão.
Ah, com cuidado.
Não é raro
Trocar os pés pelas mãos.
Mas aí, amigo, é outra história.

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