quinta-feira, setembro 28, 2006

Um texto intimista

Saudosa Cosmorama

Para matar a saudades
Nada como um caderno velho
Um suco de amizade chiclete
Uma fita azul de amor cego
A que a memórias nos remete.

Uma música do toca fitas, exaustiva
Que eu escutava todo dia
E que calou quando o tempo passou
Fazendo voltar à vida
A vontade de fazer tudo denovo.

Inclua neste saudosismo
Os dias de futebol no campo de chão
Ou até no chão de asfalto
Também a queimada, garrafão
Tempo do melhor caudo.

Da gude que insistia não bater na outra
Do Chaves depois vespertino
Do ônibus escolar, hilárias músicas
Do tempo que só acompanhava
Já que hoje eu é que decido pra onde ir.

Vai ver é isso.
Não deixei as coisas para lá.
Ainda não sei decidir por mim
Para o destino que devo ir.
Só pra matar saudades, Cosmorama.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom?
Porque você ainda pergunta??
Meu poeta predileto!

Paulo Fernando disse...

Ticinha, ele tbm é o meu predileto!!
Cara, só tenho uma coisa a dizer, depois desse rio de versos flamejantes... Saudade é aquilo que ficou do que não ficou...