sábado, fevereiro 19, 2011

Baixando a guarda

E eu sei o caminho da felicidade. É felicidade com prazo de validade, com tempo milimetricamente determinado mas é felicidade, na mais pura forma. Pelo menos é o que eu tenho e é o que eu sei. Pode até pensar no efêmero. Eu penso que é um pontapé inicial, um treinamento ou, melhor ainda, a origem. E somos tão burros que sabemos o nascedouro da felicidade, a origem dessa arte, o fino prazer. E sabemos também exatamente que quem dá felicidade também tira. E nunca estamos preparados pra isso. É como baixar a guarda pro mais perigoso pugilista com a esperança de que ele não irá desferir um soco, um gancho. É como saber que o mais íntimo é o pior inimigo, caso seja possível. Mesmo assim, lhes digo senhores do norte e senhoritas do sul, que tudo vale a pena em cada poeira, cada mancha na camiseta branca, cada rasgo na calça jeans. Mesmo assim mais vale acreditar que esse caminho da felicidade pode tornar-se mais longo e gostoso mesmo que haja um limite invisível, mesmo que calos passados machuquem, mesmo que planos futuros padeçam implicantes, mesmo que alguma coisa seja contra, apegue-se no tantão a favor. Permita-se não entrar na lei do impedimento. Permita-se não se negar a voar por medo de altura. Permita-se viver um amor bem grandão, mesmo que seja só por uma madrugada. O espaço de uma hora pode valer por uma eternidade. E falando em hora, hoje é um belo dia para se viver. Afinal, o dia terá 25 horas. O caminho da felicidade está nisso: em saber criar uma hora entre o sábado atolado e o domingo cansado só pra te ver. Vai ficar aí parada ou vai logo voar?

4 comentários:

Nathalia J. disse...

Muito, muito, muito bom! Amei.

Michelle disse...

Adorei Thi!

Anna Carla disse...

Adorei!

carolbardi@hotmail.com disse...

Noossa! Parece que escreveu pra mim e olha que nem precisava!
Está lindo mano. Obrigada pela inspiração. Adorei. Beijos