Enquanto espero nesse ponto de ônibus transpareço os pensamentos para que pairem perto de ti, que me espera já atordoada, e te faça menos angustiada. Sei que desde o dia do Absyntho eu, desculpe a empáfia, te sinto o que me menos sinto. A sua distância rasga-me a tranquilidade. Sou um penduricalho prestes a cair em desuso. Pelos meus atrasos você me quer menos. E estou cá, neste ponto de ônibus a vinte e sete minutos esperando o dito cujo. Já perdi chances. E nem os míseros dez reais que escondo no bolso de trás da calça conseguiriam me guiar de táxi até você. Vou dizendo meus segredos para essa poça do meu lado, no olhar de cada branco e pálido e negro e índio que aparecem e somem e suas conduções. Tem gente que avisa que quando não é, realmente não dá certo.
- Oi? Demorei?
- Ahm?
- Estou aqui, conforme marcado. No ponto do 551, ao lado do Delícias da Vida. Não pode ter esquecido novamente.
- Ah, sim. Não. É claro que não esqueci. Estava te esperando.
8 comentários:
Eu sempre fico pensativa com seus textos..! rs*
Eu sempre fico pensativo com seus textos... [2]
Abraços.
E as vezes o atraso, a distancia, não só fisicos.
Beijos!
não são*
Eu sempre fico pensativa com seus textos... [3]
Eu fico me imaginando de onde você tira tanta inspiração para textos tão lindos! Lindos e simples!
Beijos
Ô menino bom, gente!
Ansiedade é palavra manca que exprime verdades.
[Também!]
(;
Beijos, querido.
"A sua distância rasga-me a tranquilidade."
Perfeito!
=]
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