sexta-feira, novembro 07, 2008

Mais uma mazelinha de leve

A previsão meterologica era de chuva torrencial para o início da tarde. Fazia, vejam só, um sol carioquíssimo. Tão carioca quanto o que me ocorreu ao descer do ônibus. Todo mundo decidiu olhar-me. Vestia rosa? Descabelado o cabelo estava? Sujismundo eu era? Nem sei. Não tem cura para mazelas gostosas. O perguntar cotidiano era uma das mazelas urbanas. Velha simpática, gordo assanhado, turista desinformado, adolescente burro. Todo mundo queria perguntar algo. Uma abordagem diferente foi a malvada da carne. Pela esquina terceira, se não me engano, na entrada do Dona Marta bronquei comigo mesmo. O assaltante chegou todo prosa, pegou uma titica estranha da cintura e pediu para que eu passasse minhas coisas valiosas. Ofereci o celular. Não era tão mal assim. Digo do celular, claro. Vai ver se o bandido era ou não mal? Até provar que raposa não é poddle, a bolinha da sorte já girou três vezes pro lado errado. E, voltando ao celular. Ele não quis. Queria algo realmente valioso, queria outro, queria isso não. Queria aquilo, e aquilo outro e aquilo mais. Não único, não contente. O bandido mais inteligente. Queria minhas idéias, meu raciocínio, minha mente. Queria pensamento, e daí em diante não mais pensei que nem gente. Ah, e no final, choveu. E muito.

11 comentários:

Anônimo disse...

Nossa... isso não aconteceu com você não, né?!

Anônimo disse...

Caramba, muito legal. Você escreve muito bem, nem tem cara de ser intelectual assim. Eu também gosto de escrever, mas não tenho muito hábito.
Mas parabéns, você tem talento.
Beijos.

Melissa disse...

Thiago, levar o superficial, o que pode ser comprado ainda vai... Mas levar o que tu tens dentro de ti, aí já é demais, meu amigo... Deixe não!!

:)

Beijos

Anônimo disse...

Ele tinha motivos, e ótimos motivos pra querer suas idéias, mas ele não sabia que de nada adiantaria as transferir pra ele, elas só são boas assim, porque estão com você.

Beijos!

Paula Calixto disse...

Putz! Mas ele era um burro-esperto, hein?! Queria o que NUNCA poderia roubar: sua mente.

Ainda bem que você tá aqui pra contar.

Beijos.

carolbardi@hotmail.com disse...

Ainda bem que a sua mente não pode ser roubada. Mas ele até teve uma digna aspiração. Pena que o dom é seu. Graças a Deus. E graças a deus, que sou sua irmã. Grande orgulho!

Eu te amoooo meu poeta mais charmoso do mundo.
Beijos com saudades.. :)

carolbardi@hotmail.com disse...

P.s. Pena pra ele, rs.
Sorte pra gente! :)

AMO DEMAIS!

CArina CAmila disse...

Por quanto será que ele ta vendendo?!
rsrs

Adoreii.

Beijos!
Bate no porto saudade, minha!

Júlia Faria disse...

Que bom que não lhe podem roubar a mente, Thiago.
Já pensou o que seria de nós sem seus textos sempre tão bons?

Beijo!

Ps.: Sumo não. Vou acompanhando seu blog assim às escondidas. ;)

[ rod ] ® disse...

O cotidiano expresso em poemas...

Estou de volta rpz e em nova casa.


Venha conferir o início de tudo.

Venha sentir o gosto dos meus...

Traga também os seus.

O antigo blog O AveSSo dA ViDa agora se chama dogMas.


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Anônimo disse...

Adoreiii!

O que você pensa ajuda a compor quem você é.

Inseparável!