segunda-feira, abril 20, 2009

O pobre mimado

Sou um homem doente. E nao estou imitando Dostoiévski. Só não afirmo que sou boa gente cheio de coisas a socializar. Sou do tipo caladão, introspectivo mesmo. Julgo até ter problemas do coração. Nao subo escadarias porque ele não aguenta. Não arrebento nos esportes olímpicos porque sou um pré-destinado à meu leito. E nem porque gosto de ser antipatico vou morrer. Vivo à amargura de usufruir da ausência de telas. Não enxergo televisores. Mas ouço os pingos do suor dos jovens. Sou um desinformado. Sou a antítese do anti-bom, do não-bem. Sou o antagonista do hoje. Sou um doente do coração que nada aguenta com esses pilantrinhas com probleminhas de cabeça de tanto que não suportam a carga de serem ricos, bem-sucedidos, muito fotografados, excessivamente elogiados, banhados de ninfetas cheirosas e de congratulações por serem especialistas do porra nenhuma. Tem como não adoecer, Adriano?

3 comentários:

Anônimo disse...

Opa!
Palavrão não!
rs
É por isso que eu não quis seguir na carreira futebolística [olha que jogo muito hein]
Muito dificil essa vidinha mais ou menos deles.

Júlia Faria disse...

Vai entender cabeça das pessoas, né?!
De qualquer forma, acho que o título já diz tudo.

Beijão!

Anônimo disse...

Enquanto tiver o dom da palavra, terá o que socializar. Costumo dizer que é uma questão de ambiente em que se gosta, em que se "escolhe" viver (condicionado pelas próprias aptidões também.

Mas a crítica foi pesada e interessante. Gostei da citação ao Dostoiévski também.

Abraços,
Vitor