domingo, agosto 15, 2010

A verdadeira Garota de Ipanema

O Rio de Janeiro, dizem, vive de música e poesia. Drummond e Jobim definiram o tom. Mas o que mais se vê é o desfile na orla de mulheres lindíssimas. O povo de fora acha que nao existe mulher desse tipo. Eu pensava que talvez pudesse ser exagero.
Lá pela metade de Junho o Rio sorria meio nublado, meio indeciso. Copacabana nao inspirava musica. Do Leme ao Leblon nada caía nos braços teus ou meus, sei lá. Nem Ana Maria, do biquini amarelinho de bolinha bem pequenininho, aparecia pelas areias. Mas, como poeta, pude ver quando o Rio sorriu. Eu sei que não sou um Diogo Nogueira mas faço samba como ninguém para os poetas. Sei que nao sou um Gianechinni mas também não sou nenhum Serra. Sei que não sou Chico mas faço de voce mais que um romance, uma música ou um porta-retrato no seu quarto. A garota de ipanema eu sei bem quem é. A do poema, um engano perdoável, deve ficar meio triste. O mar de ipanema parou, a brisa parou, a areia esvoaçante e os ambulantes incessantes pararam. Tudo pra ver a verdadeira garota de ipanema passar. E voce, magra e linda, torneada e pequena, pele branca e cabelos anelados um pouco abaixo dos ombros, olhos caramelados e brilhantes, passou. O Rio anda esperando. Ainda bem que ela disse sorrindo que logo logo iria voltar.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito lindo!!!
Adoreiiiii
=)

Beijoss

Mi

Carol disse...

Lindo como sempre.
Foi-se o tempo em que os textos eram puramente criados...
Gosto muito mais desses sinceros e verídicos ;)

Beijos

Anônimo disse...

ai thiago q lindo...
muuito bonito mesmo...
saida q gosto de vc pra caramba...
volte logo...
mil beijosss...

tais

Anônimo disse...

Adorei esse texto, muito lindo.
Não deixe de "falar" com a gente, gostamos muito de vc.
Bjs.

MariaElisa