terça-feira, abril 22, 2008

Ainda não começou

"Mesmo que fale três línguas e eu ainda no português. Mesmo que venha de carro e eu a pé. Mesmo que seja enorme e eu pequeno. Com suas viagens, suas experiências. Mesmo com tudo. Não faça mais nada porque até o meu consciente sabe que teu inconsciente me quer. Não é papo de galanteador, não. Não é indolência, por favor. É a verdade que já está dita e bem dita. Teu inconsciente sobrepunha teus olhos e, assim, teus olhares são meras crianças falastronas e sinceras."
- Achei isso jogado no chão da tua sala... - disse ela a mim.
- Ah, sei lá. Apenas um trecho de um filme.
- O filme da nossa vida?
É sim, o filme da nossa vida. Eu estou aqui olhando nos seus olhos e não consigo não mais te ter.
- Responde. É o filme da nossa vida?
Eu não conseguia falar. É uma ferida aberta para a etenidade. Eu fingia que não amava mais. Ela também. Mas...
- Ahh, tchau.
E eu fico apenas pensando. O mais covarde. Não consigo falar nos olhos dela. Esses mesmos olhos infantis e falastrões...
- Eu ouvi o que você falou...
- Eu tô falando de amor e não de qualquer coisa.
- E eu estaria falando de quê? Bobo...

Já se pode imaginar no que deu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!
"É uma ferida aberta para a eternidade"
Aberta sim, mas espero que com o passar do filme, não seja mais ferida...
É que não vi o filme todo, não sei como termina...
Esse "bobo" no final, quase fez eu acreditar que terminou tudo bem...ou que começou tudo ali.

Beijos Thi!

Cinthia Pascueto disse...

Perfeito.

Pena que nem sempre a vida é um filme assim...

=[

Anônimo disse...

E eu imagino no que deu...rs
De verdade...
Eu adorei. =]

BEijinho!