sexta-feira, abril 11, 2008

O feriado do "comigo não tá".

Acabo de vê-la apagando mais que meia dúzia de palavras difusas e resgatantes de um passado recente. Foi a flor que me negou. Também pudera. Criança diz "comigo não tá". E eu não me dei conta que tinha que dizer "nem comigo". Está comigo.
A menina que Jobim não musicou apaga a cada olhar alheio, a cada escorrregão pra lá do trilho que caminho o estreito que ainda nos unia seja lá de que forma fosse. Ah, Jobim, ela se distancia num clarão cada vez mais irreversível, irredutível.
Que música surda, que ar voluptuosamente cruel, que amor consumido em tão pouco tempo e que deixou um rastro um tanto eterno de destruição. Façamos de um feriado o dia de hoje para que eu possa não trabalhar e morrer com razão ao menos por justificáveis vinte e quatro horas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Escreves muito bem, és divertido, inteligente, ironico, enfim, sou tua fã sabes ?
risos lancinantes
da poetisa
www.poetisalancinante.blogger.com.br

Letícia disse...

De tudo eu só posso dizer, contraditorio!
Tá contigo, e não tá...
E é exatamente o espaço entre esses dois que machuca.

Beijos Thii!

Júlia Faria disse...

tanto tempo ser ler thiago!

que dias mais tristes! rs

beijão

Bárbara Lemos disse...

Deveria mesmo existir esse tal feriado...

Carmim disse...

Todos deveriamos ter direito a fazer feriado quando a alma nos exige isso!!

Um beijo.