quarta-feira, abril 02, 2008

Pseudônimos

Não sei se eu poderia criar vários de mim. Não sei se hoje em dia caberiam meus pseudônimos disciplinados na minha escrita. Fernando Pessoa criou o seu Ricardo Reis, o seu Alvaro de Campos, o seu Casais Monteiro e funcionou. Caso eu criasse meu Roberto da Batista, meu Osair Rosal não funcionaria. Visto que me esconder atrás de um pseudônimo seria complicado nesse conteporâneo mundo eu sou eu mesmo. Caso houvessem dois, três de mim seria inútil e falível. Ninguém acreditaria, seria acusado de plágio de mim mesmo e, de vez em quando, nem eu acreditaria em mim.

5 comentários:

carolbardi@hotmail.com disse...

Se seria possível ou não, eu não sei. Mas acho que a idéia é válida se um dos seus pseudonimos viesse pra mais perto de mim. Que tal? Cria um mano! Mas tem que ser igualzinho, sem faltar "pedaço" nenhum... E depois manda pra cá? Não, não! Faz, e deixa ele aí. E vem você pra cá. O meu original IRMÃO!

Te amooooooo. E morro de saudades!

Anônimo disse...

Acho que mesmo sem os pseudônimos já é difícil acreditar em nós mesmos...

Beijos.

Carmim disse...

Não ter pseudônimos, não significa que não se seja vários, e é essa parte que é difícil de gerir!!

Um beijo.

Cinthia Pascueto disse...

Para que um pseudônimo se suas palavras já bastam por si mesmas?

Virei fã de seus escritos.

Beijo!

Paula Calixto disse...

Já parou para pensar que "Thiago" e "Kuerques" são DOIS em UM, por exemplo?! Embora, possa ser este só seu nome e sobrenome, ou, possa ter mais a multiplicidade na unicidade são inerentes a si mesmas.

Cada uma [re]cria-se do jeito que se pode, mas [re]criar-se é algo fluido e constante.

E a cada olhada no espelho há uma constante-face-nova-máscara-translúcida-perene-eterna do si-mesmo.

Não escapatória para ser O humano a quem é ser-humano. Ao menos, é o que concluo dessa vida-paradoxo nesse mundo-surto. [risos]

Beijos.