Não sei se estou certo ou errado. Não gosto da moda. Nem menos de moda. Pensei que vivia no Brasil, o país do Lula, que está na moda. Saí de órbita em dezembro do ano passado e voltei em março. Lá em Marte a internet era wi-fi e a moda era ser mudo. Ser marciano não era a minha. Peguei o primeiro interespacial e voltei para a vida iguaçuana. E quem foi que disse que eu era extraterrestre? É um tal de canção em hindu, mulheres com uns panos esquisitos no lugar das blusas, uma gíria de habe baba que me cagoetou ao pé do ouvido que agora eu moro na Índia.
O sociólogo diria que o povo brasileiro é suscinto a novidades, há gosto pela quebra da anormalidade. O pessimista diria que o brasileiro é influenciável e não tem uma identidade formada. O historiador explicaria a construção do indivíduo como culturalmente heterogêneo e por isso rico. Na humilde opnião do trocador da Nossa Senhora da Penha (um protótipo de transporte público para o século XIX) o brasileiro não tem o que fazer e é, no mesmo conceito que os cientistas utilizam em relação ao macaco, parente bem próximo das Ienas por adorar "comer o lixo que lhes dão". Agora me digam, por favor, quem chegou ao lugar errado: eu ou o Cristóvão Colombo? O navegador errou as "índias" por bem pouco e na época errada.
6 comentários:
kkkkk... Uma crítica e tanto! Porém, escrita de maneira leve, divertida!
Esses são os famosos 'estrangeirismos', não é? rs. Aqui no Brasil importamos TUDO!!! (ARE BABA!!!) rsrsrsrs...
UFANISMO é uma palavra, praticamente, DESCONHECIDA aqui! rs.
Bjinhossss.
Texto interessante, crítica que faz sentido e, ao mesmo tempo, diverte.
Obrigada pela visita ! :)
Thiago,
Minha passagem por aqui era para retribuir sua visita, mas confesso que achei seu blog tão interessante que resolvi ficar...
Parabéns!
Esse post é muito interessante e divertido!
Abraço!
Ps. Respondi seu comentário no meu blog.
"O que que esse hindu tá falando aíi? Sei láa eu tb nao entendiii..."
Concordo totalmente com a crítica.
E Adoreii como vc a demosntrouu!
Ps: Nao sou desnaturada!
Ps2: Primeira a leeer, orgulho!
Eu gosto da opinião do Sérgio Buarque, que diz que os brasileiros somos uns desterrados em sua própria terra. Afinal, o que explica o Brasil ser o maior mercado mundial de gravatas, em pleno trópico? Não era a toa que os índios (ou melhor, nossos "nativos") andavam semi-nus.
Ri muito com a definição do ônibus... aliás, concordo com o trocador.
Abraços
Vitor
hehehe'
Bem colocado, o engraçado é que essas modinhas se propagaram como uma praga em escala astronômica.!
Adorei a crítica!
Bjão!
=*
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