quarta-feira, julho 05, 2006

Chaves e a educação


Eu tinha poucos anos. Poucos mesmo. Era eu, aquele pedaço de pessoa tímida, chegar da escola e pular onde fosse pra entrar num mundo tão simples e rico como o de um seriado de TV. Era sem almoçar mesmo, e isso valia tenebrosos esporros que pouco importavam. "Vá almoçar!". Não, mãe. Afinal, era a hora de ver Chaves. Tenho 21 anos de idade e até hoje o seriado mexicano é sucesso. O que explica?
O que explica uma série de TV da década de 70 fazer tanto sucesso mesmo com as super-produções do século XXI? O que explica uma programa tão simples fazer sucesso ainda que não tenha um capítulo inédito desde a década de 80? Não é dificil deparar-se com montagens dos personagens em páginas de fotos pessoais na internet. Os sites dedicados são surpreendentemente numerosos e bem trabalhados. As comunidades são milhares e detalhistas com adeptos desde os saudosistas a membros com pouca idade. Equivale a pessoas de vinte e poucos anos dizerem que foram "baixinhos da Xuxa".
A razão é muito mais clara do que parece. Crianças éramos, e crescemos com essa mania de vê-lo. A única vez que alguém ri de uma piada repetida é no seriado. Mas erra quem atribui o sucesso às piadas. Vai além. O sucesso se dá na conversação que o seriado faz bem intimamente com o público, numa linguagem universal (humor) com um enredo esmerado no problema social da personagem principal e na narrativa ágil e tranquila ao mesmo tempo. Quem não conhece um Chaves órfão e pobre? E quem não conhece um vizinho mal humorado? São tipos comuns que se tornam carismáticos. E mais profundamente...
Um cenário bem comum dos brasileiros, intrigas corriqueiras bem próximas do dia-a-dia e, principalmente, trabalhando em cima de críticas singelas que infelizmente fazem sentido até hoje. A produção quase que artesanal aproxima mais ainda, pelo "voar" dos sonhos, pelas músicas que habitam o lado inocente dos já adultos adoradores. Aquela roupa minguada, a cara de "cão arrependido"(desculpe o trocadilho). Boas lembranças.
O sucesso vai além de Roberto Bolaños e seu grande potencial de ser o palhaço Carequinha aliado ao meio de comunicação mais poderoso. Não existe mais vergonha de ainda ser reprisado e ainda sim ser um fenômeno.
Já tenho em mente que meus filhos irão assistir as estripulias de Chaves e Chapolin. Foi assim que aprendi história, costumes e curiosidades.
E senhores, aprender rindo é o melhor modo.
Entendido?


Isso! Isso! Isso!

3 comentários:

Anônimo disse...

nha...deu ateh xaudades, rs*
bons tempos...qndo td parecia ser mt mais fácil do q na verdade eh...
rir era d lei, ficar totalmente concentrada em ksa detalha, kda fala, tentar falar junto, rs*
minha infância e uma parte da adolescência ficaram vidradas msm nessa fase...agora n mais...o tempo n da...nha as coisas mudaram...
migo, amei o texto...1º coment meu aki =)
SUCESSO!
xi amOoOo
xaudades =/...d thi e d chaves, rs*

Anônimo disse...

lalalalaaa, vou linkar isso aqui xDDD

sei lá, aprendi mta coisa com chaves..
acho q a principal foi a respeitar os outros e entender q nem td mundo é igual..

sei lá..vejo até hj se tiver passando ^^

não contavam com a minha astúcia =D

Anônimo disse...

Kkkkk...
ISSo Isso Issoo!!
Nossa Thii.. perfeitoo como todos..

Adoreii as comparações.. são realmente verdade..
E olha q eu nunca parei pra pensar nisso..
Tbm era mais uma a ver.. e nunca ri de nenhuma piada.. ou melhor.. Rii só pra entrar na onda.. porq todos riam.. mas.. mesmo assim.. eu gostava de verdade de ver.. ^^rs
Uma influência totalmente invisivel..rs
Bem.. assim..
Adorei..
BeijOOo