quinta-feira, julho 27, 2006

Superman

O homem sempre quiser ser super.
É assim, absurdamente redundante que começo esse perqueno artigo sobre um personagem idolatrado a anos. Quando era miúdo e inocente acreditava que podia voar, queria vestir minha roupa azul e não ser notado por ninguém mesmo sem qualquer tipo de mascaramento. Acreditava com certa paixão que ao apertar os olhos com força sairia uma visão gelada ou em chamas. Queria salvar o mundo.
Esqueceram que crescemos, eu e os fãs. O homem da capa vermelha se divide entre o amor e um mundo eloqüente, existente apenas naquele pedaço de país. O herói é, por falta de melhores palavras, ridículo.
Não me esticarei sobre o filme exatamente. Jorra pelas minhas entranhas ter sido fã de um herói que nada representa. Clark fantasiado busca somente o status de ser herói e tem o prazer de sofrer por seu amor. Nunca vi um herói tentar se levar a sério e demonstrar tanto prazer em ser pop. Triste. Triste a dúvida entre o certo e a tentação. Não é uma história católico-holywoodiana.
Evitar roubos de bancos, acidentes de carros, furtos a pedestres foi belo na década de 60. Mesmo assim é inaceitável um herói não tentar salvar realmente o mundo. Desastres banais ou crimes huumanitários? E a fome? E a miséria? E as guerras? De bom mesmo foi ouvir novamente a música-tema.
O maior pecado de "Superman" é nao se definir entre herói infantil ou herói do século XXI. Ainda precisa comer muito heijão com farinha.

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