sábado, novembro 05, 2011

O dia em que a Ilha de Vera Cruz trocou de nome

Vera era uma velha cozinheira de marca maior. A maior marca era a da perna adquirida em uma cavalgada em Santos. Ela não sabia que em Santos se pedala mais que se cavalga. Tudo bem. Entre outras marcas essa era a maior. Pois bem, certo dia errou na mão. O que era salgado ficou doce, o que era doce ficou amargo, o que era quente frio ficou. "Cruz credo!", bradavam os homens. E assim Vera era cruz. Assim Vera carregava essa cruz. Mesmo que tenha feito cinco milhões de ótimos quitutes o primeiro erro foi eterno. É assim no Brasil: se for errar, não abuse. Pelo menos é o que eu acho.
Aí trocaram o nome da terra por Terra de Santa Cruz - uma outra mulher, casta, um pastelzinho baiano sem pimenta com mania de salvar pescadores perdidos - e ficou tudo certo. Depois o nome passou para Brasil. Mas aí são outros quinhentos anos.

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