
sábado, dezembro 29, 2007
07. 08...

terça-feira, dezembro 25, 2007
Noel quem?
Pus sapato na janela. Foi roubado. Papai Noel existe. O que não existe mais é a CPMF.
Feliz Natal.
sábado, dezembro 22, 2007
Nemo
- Eu queria saber quem tem deixado o portão aberto.

sexta-feira, dezembro 14, 2007
Facetas de vidro
- Tudo bem. Mas porque está com essa cara de tolo?
- É esse clima de fim de ano, a descrença no papai noel, a rotina de planos não
cumpridos.
- Sem esse de Papai Noel. Fala logo, Túlio.
- É mesmo o clima de fim de ano. Participei de três "amigo-oculto". Nem sei o plural
disso. Mas é que me senti estranho comigo mesmo.
- Estranho como?
- Vou te contar. No primeiro, amigo-oculto do pessoal do curso de inglês foram me
descrever. "Eu tirei uma pessoa que falta muito e mesmo sem vir tira notas boas. É uma
pessoa quieta" e em uma só voz gritaram o meu nome. Acertaram.
- E você falta tanto assim?
- Falto sim. Me vêem como um turista, visitante que não faz parte do grupo por isso.
- Entendi.
- Já no segundo amigo-oculto foi em família. E a minha tia seguiu dizendo que havia
tirado uma pessoa esquelética, sonsa, talentosa com a escrita, preguiçoso com os rumos
da sua vida e extremamente sarcástica. Precisa dizer qual o nome disseram? E precisa
dizer que disseram o nome certo?
- Túlio, convenhamos que você é bem sarcástico sim.
- O que pegou foi o "preguiçoso com os rumos da sua vida".
- Não liga pra isso não.
- E por último foi o amigo-oculto com a minha turma na faculdade.
- E como foi?
- Uma palavra denunciou o amigo-oculto da menina.
- Qual?
- "Eu tirei o menino mais pervertido da sala". "TÚLIO! TÚLIO!"
- E o que tem de mal nisso?
- Reparei que sou tantos Túlios que me sinto até desenganado.
- É normal se comportar de formas diferentes em diferentes ambientes.
- Mas não é normal formas tão diferentes.
- Um quieto e ausente. Outro sarcástico e preguiçoso. O terceiro é pervertido. São
coisas diferentes demais.
- Túlio, você é tudo isso mas não consegue ser tudo junto no mesmo lugar. É completo
apenas pra você que sabe disso tudo e ainda persegue por se descobrir mais. Você não
pode se sentir falso por ser isso ou aquilo. Você é tudo e é tudo de pedaço em pedaço.
- É, esse clima de final de ano.
- É, esse meu amigo pensa é demais.
- Pensar ou viver?
- VIVER! - disseram os dois em voz conjunta.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Com Fiança

domingo, dezembro 02, 2007
O torcedor
O futebol no Brasil parece ser - de vez em quando - a única instituição que, na prática, faz justiça. E como é delicioso ainda ter essa emoção fazendo valer qualquer suor.
Times
01 São Paulo

02 Santos
03 Flamengo
04 Fluminense
05 Cruzeiro
06 Grêmio
07 Palmeiras
08 Atlético-MG
09 Botafogo
10 Vasco
11 Internacional
12 Atlético-PR
13 Figueirense
14 Sport
15 Náutico
16 Goiás
17 Corinthians
18 Juventude
19 Paraná
20 América-RN
[] Libertadores da América [] Sul-americana []Rebaixados para Série B
sexta-feira, novembro 30, 2007
Parada do Caminhoneiro Gostosão
- Ah, deixa de frescura.
- Não é frescura.
- è frescura sim. E vamos andando.
- Então tá. Daqui a cinco minutos você me diz.
O prédio em construção. O pesadelo de uma era o sonho da outra. Esticando a calçada e as pernas o primeiro bigode soltou:
- Você tá igual melancia na roça.
- Eu? Porque?
- Tá rachando de boa.
Continuaram caminhando.
- Pedreiro é uma raça nojenta. Eu não te falei?
- Eu acho graça.
E outro homem mais a frente soltou a nova:
- Garota abelha?
Ela riu. O barrigudo continuou.
- O homem-mel chegou.
A primeira quis bater no barriga. A segunda. Bom, a segunda riu denovo.
- Acho até engraçado. E se falam essas coisas é porque somos lindas e gostosas.
- Você tem uma teoria muito discutível.
- Se falam é porque somos.
- Pedreiro chama até Dercy de gostosa.
Continuaram a caminhada. Na frente do bar:
- Ei, princesa.
Ela virou-se como num susto.
- Você é o toicinho da minha feijoada.
- Nossa!
- Nossa? Nossa digo eu. Você é tão linda que não caga. Lança bombom.
O nome do bar? "Parada do caminhoneiro gostosão".
terça-feira, novembro 27, 2007
Doce de leite e bolinhos de chuva
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de amido de milho
1/2 xícara de leite
2 ovos
4 colheres de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
- bata o açúcar com os ovos e junte os demais ingredientes, em uma panela esquente o óleo e frite as colheradas em fogo baixo.
- depois de frito passe os bolinhos em açúcar com canela.
segunda-feira, novembro 26, 2007
Prêmio

Vou repassar a quem convém. Os considero, sim, escritores da liberdade.
Letícia (Cuidado ao entrar), Erika Murari (Onconto), Paulo Fernando (A verdade nua), Ly (Divino Senão Fosse Humano) e Robertinha (Em Alguns Instantes).
Desfrutem.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Pré-conceitual
terça-feira, novembro 20, 2007
Carioquice

É algo inexplicável essa carioquice sem vergonha que vem fazendo festa no Maracança, que vem ensinando o que é paixão, que não tem ligado para a reafirmação da fama de que carioca é relaxado e só quer saber de praia. "Carioca é tudo folgado", me disse a mineira. E eu não discordo. Sou rubro-negro e muito folgado mesmo. Te mete com esse mar, esse verde com sotaque de beleza, esse sol amarelinho, esse céu de cetim...
sexta-feira, novembro 16, 2007
Meu terno negro
domingo, novembro 04, 2007
Fila de banco

lado, auto-crítica com minhas piadas, medo de não ser boa pessoa, receio de não ter falado tudo da última vez que estive com a amada, amada, amor, que amor, amor estranho, eu amo, jogo do flamengo. Meus pensamentos.
claro.
sexta-feira, novembro 02, 2007
Não sou um Swayze

Demos um beijo como de Patrick Swayze e Demi Moore em Ghost. Pus as duas maõs em seu pescoço, a ponta dos dedos na nuca, seus olhos cabisbaixos, minha testa na sua, celebrando um ponto de partida invisível. Desci as mãos pelo resto do pescoço desnudo, encontrei os ombros, ambos, com a mão esquerda levantei seu queixo e num beijo o cinema fez-se realidade. Não sou um Patrick Swayze e nem você uma Demi Moore mas iremos nos amando até o outro lado da vida.
sexta-feira, outubro 26, 2007
Ordinário Nézinho
- É amor, eu reparei. Muito bom, minha linda.
- Perfeito.
- Está sendo sarcástica?
- Não. Estou sendo sincera!
- Hm. Sacana, safada.
- Porque?
- No cú. Caramba, dessa eu não sabia.
- Nézio, você nunca sabe de nada.
- Opa, do que eu nunca sei?
- Detalhes, apenas detalhes.
- Tipo, quais?
- Do cú, por exemplo.
- O que mais?
- Sabia que quando era adolescente eu fiquei com meninas? A última vez nem faz tanto tempo. De vez em quando me arrisco.
- Já? - surpreso
- Já sim. E não foi nada ruim.
- Então vamos...
- Não, não vamos.
- Porque não?
- De verdade? Enjoei. Você podia ser mais atento.
- Mas eu pensei que estivesse envolvida.
- Até estava. Mas você perdeu a graça. Me desculpa, Nézinho.
- Poxa.
- Viu? Porque não fala "Porra" ao invés de "poxa"? Porque não foi direto ao cú sem eu pedir?
- Porra. Pronto.
- Assim?
- PORRA!
- Melhorou mas não ficará perfeito. Devia ter mais atitude. Tudo que fizer não será mais espontâneo.
- Vamos fazer denovo. Sem conversas.
- Gozei, já disse. Estou indo.
- Quer saber? Eu também cansei.
- Fica descansando aí então. Estou indo.
- PORRA! NÃO TO PEDINDO.
- Ui. Vai me machucar?
- CALA A BOCA.
...
- Bem melhor assim. Foi difícil? - diz ela.
- Não.
- Mas eu não gozei.
- E daí?
- E daí que eu quero denovo.
- Não dá. Estou indo.
- Ah cacete! Eu quero.
- Queria. Pois eu não quero mais.
- Nézinho, volta aqui. Não me irrita...
- Tchau
- Homens filhos da p...
quarta-feira, outubro 24, 2007
Frases
Meme do Livro
Abra a página 153
Procure a 6ª frase completa
Poste essa frase em seu blog
Repasse para outros 5 blogs
E cá estou debaixo de chuva ligeiramente empolgado postando a frase.
- Meu caro Zig, o senhor é especial. (Zig é Zigmunt Freud, o psicanalista)
(Quando Nietzsche chorou)
Agora vou repassar para a Letícia (http://www.cuidadoaoentrar.blogspot.com/), Robertinha (http://www.emalgunsinstantes.blogspot.com/), Erika (http://oncoto.erikamurari.com.br/), Mariliza (http://tempodesaturno.blogspot.com/) e Girassol (http://omeugirassol.blogspot.com/)
Boa leitura, galera!
Claro, à convite da linda Daniduk (www.blog.daniellakai.com)
segunda-feira, outubro 22, 2007
Eu
Um mamífero ignorante.
Um primata indesejável.
Um repugnante ser
Um rastejante imoral
Um animal.
Mas eu me amo
O coisa normal.
quarta-feira, outubro 17, 2007
Por Parte de Pai
sexta-feira, outubro 12, 2007
Sujeito de sorte
Um sujeito que é o netinho da vovó, o filhinho da mamãe, o orgulho do papai, o safado da empregada, o danado da rapaziada, o tarado lá da sala. O sonho de consumo, o que é quase nada. Um sujeito sem jeito. Um sujeito que come muito e quase pouco. Um sujeito do mundo todo, pequeno e grandioso.
Um sujeito que se apaixona devagar, o que não é demorado. Um sujeito nem feio nem bonito, nem sedutor nem amargo. Um sujeito atordoado que é amado; que tem bem amado. Aliás, um sujeito que tem bem te amado. Um sujeito normal e diferente. Um sujeito cheio de predicados. Sujeito de sorte esse Thiago Kuerques.
domingo, outubro 07, 2007
Vidinha mais ou menos
quinta-feira, outubro 04, 2007
Primeiro Encontro (Fim)
Beijo. Que beijo. Que beijo o quê? Nem foi tão bom assim. Só por ela ter uma boca com os limites bem definidos, fina, rígida onde deve ser, flácida onde deve ser, assim bem deliciosa? Só porque ela não é grande, não é nadinha feia e nem um pouquinho encantadora? Não é por nada mas porque ela fora embora? São quantas dela então? Seriam duas? Três? Seria casada? Insana? Gêmea? Era Sofie, um tipo de mulher que só se conhece uma vez na vida.
Cinzas eram o ar e aquele resto de bilhete ao chão da sala. Apenas uns pedaços do papel foram salvos. E diziam:
"...Ric...", "...igo. Não...", "...enc...", "...espere."
- Ric. Igo. Não. Enc. Espere. S.Igo. Ric.S. Não espere. Claro! Sofie foi uma dama ao me avisar para não esperá-la. Homens. Romantismo. Morre o meu poema, nasce a minha acidez. Ao menos fora digna. Quer saber? Vou varrer essa história.
Pontualmente seis e cinqüenta e nove minutos daquela manhã. O cheiro de sofie entranhado no seu corpo não saía com aquele banho. Sabonete. Shampoo. Creme. Condicionador. Loção. Sem noção. A água que deixara o corpo quente entrava em choque com o chão gelado. Nu, diante do mesmo espelho em que notara suas marcas do sexo divino, reparava no estado ridículo em que se encontrava. Uma gota caminhava desde a franja, miúda, passando pela testa, sombracelha esquerda, acima do nariz, canto direito do nariz, bochecha, boca, queixo, chão. Apareceu mais uma. E outra. Mais outra. Eram lágrimas. O choro acanhado de um homem.
O cheiro permanecia. Dindon. Quem seria? Cinco minutos para a campainha parar de tocar ou me permitir um tempo suficiente para desfarçar o estrago que Sofie fez ao meu rosto.
- Sim? Sofie?
- Demorei? Leu meu bilhete?
- Eu...
- Não leu? Dormiu demais, é? Não quis te acordar. Agora feche os olhos.
- Eu...
Caminhamos até o sofá ao fundo da sala, passamos pelo tapete branco e peludo. Eu, vendado pelas mãos dela e pela minha vergonha.
- Seu rosto está diferente. Mesmo assim continua como gosto.
- É o sono.
Foram mais cinco minutos. Ela desapareceu do meu lado. Não abri os olhos nem por curiosidade. Ela faria o que quisesse. Estava atordoado em ter queimado o papel e ter pensado tudo aquilo. Até chorei. Ela pediu para abrir os olhos. Estava surdo. Repetiu e eu abri.
- Gostou?
- Um sonho.
- Também tem. Além de sonhos tem suco, bolo de laranja com cobertura de chocolate, bombons, queijos, leite, biscoitos, morangos, maçãs, uvas e tudo mais. Vamos.
- Nossa. Mas é grandioso. Muito. Muito obrigado.
- Me agradeça com um beijo.
Mais um daqueles beijos. Ao separarmos as bocas Sofie reparou no resto do resto de cinzas no chão da sala.
- Andou fazendo fogueira?
- Não, eram uns papéis.
- E que papéis picotados são esses?
- São...
- "...Ric...", "...igo. Não...", "...enc...", "...espere.". Você queimou meu bilhete?
- Sofie...
- Não. Pensei que fosse diferente. Pensei ser homem. Pensei que fosse o homem.
- Fora uma série de enganos da minha cabeça. O que dizia o bilhete?
- E foi o maior engano da minha. Dizia "Ricardo, não se preocupe comigo. Não se preocupe conosco. O nosso encontro foi maravilhoso. Saí para resolver algo nosso. Me espere. Beijos". Pena você ter interpretado o que quis.
A vida me surpreende. Dindon. Atendi a porta reparando nas lágrimas recolhidas aos olhos absurdamente negros dela.
- Senhora Sofie? Violetas em nome do senhor Ricardo.
- Obrigado.
- Violetas?
- Violetas para encerrar todo mal entendido e, agora sim, começar a vida.
segunda-feira, outubro 01, 2007
Primeiro Encontro (Continuação)
Nossa! Que bagunça belíssima. Olhe ali minha blusa branca toda amarrotada como a minha cara, coisa falha essa barba. São sapatos, chinelos, meias, lençóis, até um botão perdido da camisa ali notei. O bom desse momento é achar tudo belo. Dizem que o homem não telefona ao dia seguinte. Eu juro que telefonaria se não estivesse aqui tão perto dela. Ainda sinto o cheiro. Sabe a cor do metal quando em fogarél? Aquele avermelhado vivo. É assim. Sou um metal, perdoa ser leigo em química, absurdamente evaporando, liquefazendo, derretendo, amando.
Uma boa idéia. Uma surpresa. Mandarei entregar flores em minha casa o quanto antes. Violetas para ela. Morena meio branca esculpiu em mim os pecados mais virtuosos. Bombons, cravos, doces. Ventilador quebrou, o filme nem acabou e o beijo na boca fora apenas a primeira parte do corpo em que as bocas tocaram. Vou buscá-la.
Sorrateiramente. Assim mesmo. Planando a favor do silêncio. Banheiro, corredor, escadas, varanda, espelho. Estou demarcado. Um arranhão delineado sob o cóccix. A tundra de mim deve estar com o odor dela. Temos provas. Cozinha. Deverá estar lá.
- Sofie? Sofie? Não se esconda. Sofie?
Cozinha arrumada. Sala, só pode. Nada dela. Deserto.
- Sofie? Não se esconda.
Noto algo diferente. Um bilhete amarelado dependurado à porta. Peguei-o.
- Ah Sofie.
Dobrado na palma da mão, estudei seu cheiro ao longe, corri os dedos pelas esquinas da folha. Um papel como lembrança. Foi-se. Ao menos sem dar adeus.Queimei o papel. Me arrependerei, sei, melhor assim.
- Ah. Sofie.
sexta-feira, setembro 28, 2007
Primeiro encontro
Macarrão. Molho vermelho. Queimei. Treze horas já. Talheres de prata, meia luz. Arruma daqui. Arruma de lá. Limpa o chão do molho caído. Perfuma o já perfumado. E eu?
Bermuda ou calça? Calça. Blusa. Azul ou laranja? Branca, pronto. Descalço. Estou em casa. Um filme. Ficção? Ação? Romance? Tem comédia ali na estante. Todos então. Sofá arrumado, estante e tudo no mais, correto. Uma lareira seria belo. O ar-condicionado pra refrescar o coração acelerado.
Din-don. Treze horas e vinte e cinco minutos. Nada feito. O olho mágico denuncia ela num vestido negro, matador como as sombras dos olhos, uma maquiagem que tirarei num banho. Atendi a porta.
- Mas eu não arrumei nada. O macarrão queimou. O molho sujou. Perdi a hora. Não me arrumei. O cd do Roupa Nova tá arranhado. Confesso, estabanei no nosso primeiro encontro.
- Nos conhemos a três semanas. Esse não é nosso primeiro encontro. E eu adorei não ter dado certo como planejou. Agora faremos o nosso encontro.
- Adorou? - semblante espantado e admirado.
- Sim. Um ventilador no lugar do ar-condicionado. Um filme qualquer, será coadjuvante. Uma comida pedida ao telefone para ganharmos tempo para olharmos estrelas, por exemplo. E sem mesa. Comemos estendidos ao chão, se permitir, claro.
Um beijo encerra a conversa e começa a vida. O primeiro encontro.
domingo, setembro 23, 2007
Pequena Nota Musical
quinta-feira, setembro 20, 2007
Conversando com Pessoa

segunda-feira, setembro 17, 2007
Guerra de brinquedo
É apenas o início onde os combatentes dispões suas armas. A grande guerra está apenas começando e eu já me sinto com uma bruta vantagem. A vantagem maior é minha. Me acham fraco.
E tenho comigo que no fim direi que entre mortos e feridos salvaram-se todos.
quinta-feira, setembro 13, 2007
Sou sua banda
quinta-feira, setembro 06, 2007
O bom estúpido
domingo, setembro 02, 2007
Poemas e promessas

Os poemas e promessas
sábado, agosto 25, 2007
Boa morte dela
Penso, nada mais justo. A vida torna-se valiosa sobretudo pela existência da morte. Os contrapontos, como a teoria econômica da livre concorrência, é que valida um e outro. A morte valida a vida, o Faustão valida qualquer filme, o avião recentemente validou o ônibus, este valida os trêns. que por sua vez validam qualquer caminhada.
A morte é bem boita e dizem que não é. Ou não é aceitável que a morte seja uma mulher linda, ética e bem-sucedida?
segunda-feira, agosto 06, 2007
Livreiro
terça-feira, julho 31, 2007
Friaca
É no frio que o carinho fica ainda mais gostoso.
Ou é apenas impressão minha?
Rio de Janeiro, 30/07/07 - 9,5 °C
É no frio que os mesmos cidadões à margem de estatísticas morrem. Infelizmente, não morrem apenas de frio.
domingo, julho 29, 2007
Naturale
Tive que saltar do ônibus num ponto diferente. Era chuva. O asfalto brilhava enxarcado refletindo a luz dos postes de energia. Era a mesma caminhada rotineira de um ano atrás. Aquelas avenidas, passarelas, os cantos do chão que eu conhecia e tinha prazer de ter reconhecido ontem me remetem às memórias mais felizes. Fato que me deixa triste. Nada volta a não ser que eu morra congelado preservando os sonhos vividos, esquecendo o tempo que tenho para criar outros novos e possivelmente melhores sonhos.
Ouvia Vanessa da Matta e sua nova canção aos ouvidos naquele que chamo de "egoísta", o fone de ouvido. Já reparou quantos "egoístas" existem? Velhos, novos, pobres e qualquer outra distinção. Todos andam egoístas com seus fones ao ouvido. Eu sou um. Talvez me escondendo do resto. Minha música, só minha.Reparei no frio. Chuva fina, fina tristeza. Meu amigo, era tempestade dentro de mim. Não é certo sentir falta de quem se foi.
Então continuei despejando migalhas ao chão. Migalhas, ao contrário do que parece, não é sinônimo de esmola. Migalhas os pombos adoram. Esmola Skank adora. Esmola o país inteiro odeia. Sente o paradoxo? E continuei nas migalhas.Não reparei que estava me escondendo. Nem reparei que tinha deixado rastro. Quando se deixa migalhas não há surpreensas quando o povo aparece.
terça-feira, julho 24, 2007
Aur Revoir, inveja!
sexta-feira, julho 13, 2007
O meu esporte
- Desculpa, Pai.
Por dentro eu chorei demais. Chorava mais que ele. Meu choro de perda ou de ganho.
- Eu...
Eu não falei nada mais que um abraço sincero de pai.
Choramos outras vezes mais. Na Copa de 1994 quando o Roberto Baggio, aquele italiano, mandou a bola pra fora do estádio e a felicidade pra dentro de nós. Foi um choro de emoção.
Na final da Copa Masters de barrigudos lá da empresa eu estava jogando. Meu filho do lado de fora olhando. A disputa foi para os pênaltis. Eu era o último cobrador. Fiquei tenso, claro. Meu filho com os olhos arregalados. Chutei...e perdi o campeonato.
Senti um vazio, uma incapacidade sem igual. Uma vergonha de não ser invensível aos olhos meninos. Senti também uma mão tocando a minha.
- Pai, você é o melhor jogador de futebol do mundo. E melhor pai também.
Agora entendo, depois de quatro décadas de vida que há sempre alguém torcendo por nós, até nas derrotas.
Bem-vindos ao Pan-2007 e se permita chorar com o esporte.
terça-feira, julho 10, 2007
Minhas sete novas maravilhas

domingo, julho 08, 2007
Crise do meu luxo
quarta-feira, julho 04, 2007
Meu filho dirá...
Somos reinterpretações do que há por aí mais visível - e não necessariamente bom. A cada atualização as culturas perdem força, se esvaem. Sigo em suposições.
Meu filho dirá, daqui a um punhado de décadas, "no meu tempo era melhor". O tempo dele é - eu não tenho filhos ainda - o da comunicação instantânea, sexo em massa, relações superficiais, planeta em brasas. E será natural. Se nascer na favela, entenderá certas particularidades da violência como "naturais". Meu filho, prossigo no raciocínio, não terá a percepção de "melhor" ou "pior" analisando o namorinho de portão, a época das cartas por correios, dos desenhos animados realmente infantis, do futebol na rua, da queimada e do pique-bandeira."No meu tempo era melhor" os meus pais me dizem, eu direi para meus filhos, que por sua vez dirão aos filhos deles. Ou seja, a tendência é piorar. Ou, no mais, a nostalgia, a - agora sim - explicação para a busca da juventude eterna, nos remete à sensação de constante saudade, sensação de vazio quando tratamos do presente, presos aos nossos museus, deixando passar o que pode ser feito de inesquecível aqui, e agora.
E perdemos assim a identidade já perdida a tempos atrás.
___
Me desculpem aos amigos. Ando tenso, passando pela fase de Tensão Pré (Pós) Provas. Irei respondê-los em seus comentários depois de esganar a professora obscuramente criteriosa que tenho.
Tô brincando. Mas repondo logo.
domingo, julho 01, 2007
Um brinde Tin-Tin
melhor);A quem canta musicas, e a quem descanta
também;A quem vive alegre e sem vergonha de ser feliz;
Ao Papai Noel que invento pros meus primos acreditarem; Ao mesmo Papai Noel que mandou avisar que vai chegar la pro dia 27 por causa da crise da aviação;Às cegonhas que vão atrasar nascimentos pelos mesmos motivos;
Aos blogueiros que encostam sem saber no coração; À mim por sorrir com meu pai. Aos amigos que farão de tantos carnavais e reveillons especiais; À mamãe que botou essa coisinha no mundo. À pessoa que já me fez sorrir apaixonado e a que amarei loucamente (apesar de não
conhecê-la ou , se a conheço, não sei que me fará assim);
Um brrinde às pessoas que cravaram seus pés na calçada da fama da minha vida e às que
cravaram na calçada da fama de outros, na dos amigos, na dos amigos dos amigos; Às irmãs, melhores amiga, amigos, colegas e orkuteiros, blogueiros, pedreiros, sangue-sugueiros;
Um brinde à quem ta longe, à quem ta perto, à quem tá e não sabe, à quem nem tá e nem
sabe.Um brinde enorme e com gosto ao minuto que passa, à torcida, à barbaridade, à palaçada;
Um brinde ao inimigo e aos feridos;
Um brinde ao futuro, ao passado mal passado
Um presente repassado,
O presente.
À você um brinde de quem não bebe e conta história.
"Tin-Tin"
quarta-feira, junho 27, 2007
À Rua Candida Menina
A cueca foi parar dependurada na janela numa espécie de provas visuais para quem visse de fora. Sua calcinha ainda não se sabe onde foi. Talvez por ser pequenina demais. Você veio com a mão gélida e eu com a boca fervente. Foi descendo mais e eu no final das suas costas. Na borda e no interior, nas cócegas e nos calafrios.
Você me tocou toda deusa e eu todo pobre, acima do muro do prazer abri seu cofre. Quero que grite mas quero discrição. Quero alardar, todavia nem me irrita o seu silêncio.
Eu te toco forte e você suave. Sobe os lábios até marte. Foi encaixando as coxas em mim, eu encaixando o peitoral em você. Punha os olhos fechados, e eu amava você. E amava...
Eu debaixo e tu nos céus. Prova de amor no motel dos réus. Saía sorridente e eu aparente. Fui pra poesia e você versificou por aí. Eterno amor se tornou meu. Virou a esquina e se perdeu.
domingo, junho 24, 2007
Um pé-de-vida


quarta-feira, junho 20, 2007
Nor...
...mal. Muy mal.
Lembro da série, da fina ironia de que "Os Normais" eram os bitolados da
vez. O que é normal? Diga-me quem é normal que te direi que não és.Não me peça pra pensar como um homicida para entender a sua visão de
normalidade de um crime. Matar é anormal, ou já se tornou normal demais pra
ser barbarizado. Um corpo estirado já é tão normal quanto uma folha de
bananeira caída. "Acontece...", diz a ironia dos céticos.Eu não vou à faculdade hoje. Está em greve novamente. Contei à mamãe. Ah,
e ela fez uma cara de normalidade (ou cara de cú em dia de frio suado, como
diz meu afilhado). E é natural. Faculdade e greve. Normal seria passar um
ano com aulas. Normal.Menino com menina: normal. Menina com menina: anormal. E pra uma dessas
duas meninas, estando feliz, normal é. Morte: normal. Morte de ente querido
gera tanto choro que eu me pergunto se quem inventou isso está errado. Pra
mim está. O normal é relativo mas nem o relativo é normal.Normal é as coisas acontecerem como sempre foram mesmo que a um bom
tempo atrás não terem acontecido da forma como acontecem hoje. O habitual
é costume. Então não me chame de normal, sou insano. Então o normal, por
esses tempos, é o costume a longo prazo.Pra normal, sugiro mais. Sugiro que vejas que tem tanta gente diferente, que
todos são diferentes. E assim sendo, ser diferente é ser normal. Tem tanta
gente excentrica por aí que ser excentrico, ou louco, ou desmiolado, é normal.
Somos todos os normais às avessas do que nossos avós entendiam por normal.Pra mim, normal não é nada. Normal é uma coisa de outro mundo esperando
tradução e, porque não, por comentários dos meus belos normais.
segunda-feira, junho 18, 2007
Soul Cópia

sábado, junho 16, 2007
Conversa de prima nem tão pequena assim
- Quê?
- É sim. Eu posso explicar a minha teoria.
- Duvido...
- Parece doideira, mas de acordo com a minha teoria, é verdade. Assim, vocês realmente acreditam que aqueles povos foram capazes de colocar aquelas pedras gigantescas umas em cima das outras naquela época? Sem um caminhão, um trator ou qualquer coisa do tipo? Não, eu tenho certeza que não!
- Ahahah, eu nao acredito que ouvi isso.
- Vocês mesmos podem ver que as pirâmides se localizam no meio do deserto! A água lá perto é realmente bem escassa!
- Ahahahah
- Viu? As pirâmides gastaram tanta água que hoje fazemos racionamento pra economizar o gasto excessivo. - continuou
- Tá bem, agora as raízes delas se prolongam por baixo de rios e mares acabando com a água do planeta todo. - ironiza um primo.
- Que historinha simpática!
- É mesmo. Só quem não é simpática nessa história é a esfinge. Ela come as pessoas.
- Então ela é, por asism dizer, uma pedra carnívora?
- É uma pedra tarada, isso sim.
- Parem de ver TV, por favor! Rs - completei.
quinta-feira, junho 14, 2007
CAMPANHA
Gostaria de pedir a ajuda de quem frequenta e constrói este humilde cafofo virtual para atualizar o mesmo. Gostaria de ouvir palpites para um novo nome para o meu blog, já que este "Gol feio" desgastou e nada tem mais haver com a temática (se é que já teve algum dia).
Qual a sugestão de vocês? Me ajudem, por favor a dar um novo nome pra este blog.
Grande ministra

terça-feira, junho 12, 2007
Minutos depois
- Amor, se veste de coelhinho rosa pra mim?
- ã?
- Ah amorzinho, só uma vezinha.
- Não. Tá louca, amor?
- Ah é? Então tá.
"
Ele não faz nada por mim. Só um pedido. Não é o amor da minha vida, só pode.
"
Se entreolham...
"
Ela quer me testar. Pra quê me fazer pagar um mico desses?
"
Ele vai tirando a mesa. Ela vai lavando a louça.
"
Mas é tão linda. Será que eu faço?
Sei que exagerei. Quem sabe pedir desculpas pra ele?
"
E caminham em diração um ao outro...
- Amor.
- Amor.
- Eu me visto.
- Não precisa amor.
- Mas você pediu tanto.
- Mas não precisa.
"
Ela me irrita.
Ele me irrita.
"
Segundos depois...
- Vai ficar lindo. Ali na loja da esquina vende a fantasia perfeita.
- Mas você disse que não precisava.
- Estava querendo te agradar.
- Também não vou me vestir mais.
- Por favor.
"
Ele tem o poder de adiantar ou estender a minha TPM. Custava se vestir de coelhinho rosa pra mim? Tem prova de amor mais linda?
Ela tem que fazer isso. Sempre! Quando tudo está ótimo inventa algo pra me tirar do sério.
"
Segundos...
- Tá bem. Sabe que eu te amo né?
- Não quero. Durma no sofá. E não me venha com esse sorriso largo e carente que hoje não tem vem-cá-minha-nêga.
...mulheres...
...homens...
- Eu te amo.
- Também te amo.
As horas no dia doze
Saberás do que ninguém sabe
Descobrirá a fantasia das fadas
A identidade do cupido
Detestará passar dias frios sozinho
Conhecerá Carlos Drummond
Lerás poesias até chorar
E chorar, a partir daí, será um feito de dignidade.

Já às dezesseis horas de qualquer dia de tempos futuros
Saberás que tudo termina
Descobrirá que fantasia é coisa da sua cabeça
E que o cupido é um desocupado
Detestará todos os dias
Lembrará de Drummond como um sonhador
E chorará a cada poesia de sua autoria
Dos tempos em que amava e era amado.
terça-feira, junho 05, 2007
Vinte e dois

domingo, junho 03, 2007
Sacanagem
Uns dizem que não sou tudo. Outros dizem que sou tudo.
Se não sou tudo pra uns, tudo bem. Sacanagem também não é tudo.
Se sou tudo pra outros, pra estes sou pura sacanagem.
quarta-feira, maio 30, 2007
O que você vai ser quando crescer?
não teve aquele sonho louco? E pior, quem não sonhou em realizar o sonho
louco? Pois bem...
Quando pequeno sonhava em ser um grande homem, trabalhador e feliz.
Nobre homem me tornei, modestia à parte. É certo, com a visão infantil que
deveria ter ficado não fiquei. Restou os olhos por hora meio puxados, meio
esbugalhados.
- Thiago, o que vai ser quando crescer?
- Eu quero ser pipoqueiro!
- Ahahahahah
- Não ri, não. Eu andei pensando. Já que gosto tanto de pipoca e terei que
ganhar dinheiro irei, então, trabalhar como pipoqueiro. Mas minha barraquinha
será a mais bonita.
Cresci sonhando com isso. Porque não? Ganhava dinheiro e ainda comia pipoca.
Com o passar do tempo fui exercitando meu lado inventivo. E era pipoca com
bacon, óbvio. E depois foi pipoca com grill de temperar carne; pipoca com queijo-ralado, queijo minas direto na panela; sal direto na panela; até
tempero de mijo rolou nisso; sem contar que depois de pronta misturava com fandangos, cheetos ou qualquer derivado. Depois era só sentar na frente da TV e ver trapalhões.
A propósito eu teria o sofá e a TV vendendo pipoca? Quando pequeno o
pipoqueiro era o meu herói. Agora, crescidinho pra caramba ser pipoqueiro
significa ser covarde.
Meu sonho agora é ser jornalista. Mas não deixo de fazer a minha pipoquinha
de vez em quando.
terça-feira, maio 29, 2007
O último quinhão de poesia

quinta-feira, maio 24, 2007
Se não sabe brincar, não brinca.
- Bem vindo, Senhor. Faça o seu pedido no balcão ao lado.
...
- Bom dia, Senhor. O Senhor já sabe o que pedir?
- Bom dia. Primeiro eu quero um cantinho pra botar as minhas coisas.
- Um cantinho? Uma bacia? Uma caneca? Te darei uma comporta redonda, que abre na metade e tem o botão de liga e desliga. Cabe coisa pra caramba. Quer?
- Aceito.
- O que mais Senhor?
- Uma lâmpada daquelas econômicas.
- Prontinho. Algo mais?
- Um saco de terra ou areia, um pé-de-qualquer-coisa, maçã, banana. Me dê também aquele aquário com todos os peixes dentro. Na verdade, quero um de cada bicho que têm aí.
- Custa os olhos da cara, Senhor.
- Eu pago. E também quero aquele bicho estranho e complexo.
- O pior? O bicho proibido?
- Sim, ele mesmo.
- Mas o senhor tem autorização?
- Tenho. Eu Sou O Cara.
-Um minuto.
...
- Pronto, Senhor. Aqui está todo o pedido.
- Muito obrigado.
- De nada. Boa sorte porque boa coisa isso não vai dar.
_________
Dia 24 de maio de 2007, Londres.
Cientistas britânicos desenvolveram sangue artificial de plástico que poderia ser usado como substituto em uma situação de emergência.
Pesquisadores da Universidade de Sheffield afirmaram que o sangue de plástico pode ser uma grande vantagem em áreas de conflitos e guerras.
O novo sangue é feito com moléculas de plástico que têm um átomo de ferro em seu centro, como a hemoglobina, que pode levar o oxigênio pelo corpo.
Uma amostra do protótipo do sangue artificial será exibida no Museu da Ciência em Londres, a partir do dia 22 de maior, como parte de uma exibição dedicada à história do plástico.
Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/05/11/295715024.asp
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A gente brinca de adoleta, de dominó, de cabra-cega, de mímica, de chicotinho queimado mas não brinca feio, não. Perdemos o controle sobre nós mesmos. Para os céticos esse "sangue moderno" é um abuso. Para os cientistas é a descoberta do "Santo Graal". Revolucinários e clássicos. Abusadinhos e conservadores. Evolução e estagnação.
Quando eu brincava escolhia as pessoas mais espertas e animadas que sabiam brincar.
Mandem avisar pra alguns aí...
Que quem não sabe brincar, não brinca.
segunda-feira, maio 21, 2007
Falou e disse
quarta-feira, maio 16, 2007
Papinho do Papa
segunda-feira, maio 14, 2007
Cristiane
Que apesar de menor no tamanho
Que apesar de parecer frágil,
Protege como leoa,
Ou melhor,
Que sob qualquer coisa
A qualquer hora
Contra qualquer um
No céu ou no inferno
É a mais linda mulher.
Nãe sei explicar
Me faltam palavras
É meio clichê
Acima de tudo
Minha guerreira
Eu amo você.
Ps.: Poesia oferecida para Cristiane, minha mãe. Claro, este poema acompanhou uma linda cesta de chocolates com uma surpresa dentro.
Ps2.: A surpresa? Dá-lhe uma. Dá-lhe duas. Dá-lhe três. Apenas um piru de chocolate em tamanho real. Se ela gostou? Adorou a originalidade.
Enfim, Feliz Dia das Mães.
quarta-feira, maio 09, 2007
Substitui. E ponto.
Troco um atacante por outro; uso sua barriga de travesseiro; troco pra abril as férias de janeiro; vem o meio que eu finjo ser inteiro.
Troco a cama de lugar; você em cima do meu pé pra brincar de andar; no mar sobe em mim e pula pra parecer voar; tropeça de propósito só pro meu beijo sarar.
Às vezes troco seis por meia dúzia; ônibus das cinco por trem das seis; galinha de casa por frango de restaurante; cachorra por amante.
Ou troco ABC por 123; troco o nome da professora; chamo avó de tia (e ela adora parecer mais nova); a mãe de irmã (e ela adora parecer mais nova);
Troco o a colher pela mão; o tchau pelo então; o grandão pelo anão; o primo pelo irmão; o bolo pela manteiga com pão.
Troco a hora de acordar; o turno no trabalho; o dia do aniversário; meu nome, Thiago; e se me chamam de otário...
Troco de humor; troco a música no rádio; mudo de lado no armário; troco a meia da sorte no jogo do Flamengo;torço contra o Romário;
... e o coração...
Mas a vida não é um jogo de futebol. Certas coisas são insubstituíveis. Não é um atacante num mal dia, nem um goleiro com mão escorregadia. Certas coisas ficam. Ou melhoram ou pioram.
Perduram, e são passageiras. Umas são todo o tempo, já outras faz perder o tempo.
Certas coisas nos fincam no peito.
Já outras...substitui. E ponto.
quinta-feira, maio 03, 2007
Linda nos meus 16 anos
